Poucas as bebidas representam à cultura de uma região do Brasil como o chimarrão representa o Sul. Tradicional símbolo da hospitalidade gaúcha, o chimarrão na verdade é herança da cultura indígena. Era o chimarrão, que eles chamavam de caá-i (água de erva saborosa) e disseram que seu uso fora transmitido por tupã. Irala (general paraguaio do século XVI) que levou a bebida para outros países da América Latina, e seu consumo se difundiria entre os descendentes de espanhóis e índios do sul do continente. Ainda hoje é hábito fortemente arraigado no Brasil , parte da Bolívia e Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina.É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate e água quente.Embora a acepção mate seja castelhana, é utilizada popularmente também no Rio Grande do Sul paralelamente com o termo "chimarrão".Chimarrão também designa o gado que foge para o mato e torna-se selvagem.Tem gosto que mistura doce e amargo, dependendo da qualidade da erva-mate.Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher. Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.
Tereré
Guampa,onde é servido o tereré.
Tereré, entretanto a pronúncia correta é tererê. Muitos creem que esta bebida é originária do Rio Grande do Sul pela sua "semelhança" de certa forma,com o chimarrão. Mas ao contrário do que pensam,o tereré nasceu no Paraguai e tem um sentido tradicional, medicamentoso e até mesmo cerimonial.É um símbolo de amizade,assim como o chimarrão. Diferentemente do chimarrão, que é feito com água quente, o tereré é consumido com água fria, resultando em uma bebida agradável e refrescante. Em sua produção, a erva mate utilizada no preparo do tereré difere da utilizada no chimarrão por ter de ficar em repouso por volta de oito meses, em local seco, e de ser triturada grossa depois disso. Devido ao fato das folhas serem cortadas grossas, ao contrário do chimarrão, o tereré não tem tantos problemas com o entupimento. Quando isso ocorre, geralmente é devido a uma grande quantidade de mate em pó, indicando má-qualidade da erva usada. Tradicionalmente, o recipiente usado para servir o tereré é a guampa, fabricado com parte de um chifre de bovino, com uma das extremidades lacrada com madeira ou couro de boi, e o seu exterior revestido por verniz. Usa-se também copos de alumínio, vidro, plástico, ou canecas de louça.
29.4.10
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